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Pix é um importante passo rumo ao sistema financeiro do futuro, tecnológico e inclusivo

Além de baixar custos e agilizar transações, Pix potencializará a criatividade do mercado em criar novas soluções e procedimentos

“Pix chega para disciplinar processo de automação comercial e gerar competitividade.”Alexandre Vallerão.

Estamos a um passo de naturalizar o fazer/receber um Pix. O varejo e o e-commerce serão totalmente transformados. No último LIFTtalks, (2/08), Alexandre Vallerão, consultor no Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central, e Ricardo Mourão, consultor do Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, ambos na linha de frente da coordenação do Pix, conversaram com o Rodrigoh Henriques, Líder de Inovação da Fenasbac, sobre a gama de oportunidades que pode/deve surgir com a chegada do novo meio de pagamento. Assista à live completa aqui

Aumento de benefícios

De acordo com o Banco Central, este é um passo importante para disponibilizar à sociedade brasileira esse novo meio de realizar pagamentos e transferências, que será instantâneo, fácil, seguro e estará disponível a qualquer hora ou dia. O Pix será lançado em novembro deste ano e, além de aprimorar a experiência de pagadores e de recebedores, tem o potencial de alavancar a competitividade e a eficiência do mercado; baixar o custo; promover a inclusão financeira e contribuir para a maior eletronização dos pagamentos.


Durante a live, questionado sobre os impactos que iremos vivenciar na prática, Mourão reforçou:  “a gente precisa trazer mais eficiência e segurança de uma forma geral para os meios de pagamentos. É crucial que o Pix permita essas transações nos pequenos comércios, mercados, restaurantes e demais atividades do nosso dia a dia.”

Mecanismos de segurança 

De acordo com o BC, a segurança faz parte do desenho do Pix desde seu princípio, e é priorizada em todos o aspectos do ecossistema, inclusive em relação às transações, às informações pessoais e o combate à fraude e lavagem de dinheiro. Os requisitos de disponibilidade, confidencialidade, integridade e autenticidade das informações foram cuidadosamente estudados e diversos controles foram implantados para garantir alto nível de segurança.

Todas as transações ocorrerão por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da Internet. Além disso, no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), componente que armazenará as informações das chaves Pix, as informações dos usuários também são criptografadas e existem mecanismos de proteção que impedem varreduras das informações pessoais, além de indicadores que auxiliam os participantes do ecossistema na prevenção contra fraudes e lavagem de dinheiro.

Banco Central: fornecedor ou padronizador? 

Rodrigoh destacou: “O Banco Central não é o fornecedor dessa API. Ele é o padronizador, quem garante que há padrões mínimos dessa oferta.”  

É importante enfatizar que o Pix é um meio de pagamento assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago). A diferença é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento seja realizada em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.

​Não é um aplicativo! Será disponibilizado pelos prestadores de serviço de pagamento (instituições financeiras e instituições de pagamento) em seus diversos canais de acesso, principalmente pelo celular.


Importante: O Pix não está restrito a bancos. Outras instituições financeiras e também instituições de pagamento (como algumas fintechs) podem ofertar Pix.

O Regulamento do Pix abrange a Resolução BCB Nº 1, de 2020, que disciplina seu funcionamento. Na página do Pix no site do Banco Central, é possível encontrar a relação de manuais do Pix.

Um chamado para inovação na dinâmica de transações e experiência do cliente

Como a padronização da API de recebimento é vantajosa? Quais são as oportunidades de negócio que surgem para prestadores dentro desses nichos de mercado?

Durante a conversa, Rodrigoh, Vallerão e Mourão, foram unânimes ao afirmar que muitas oportunidades vão surgir a partir do Pix. “É um chamado para a inovação, uma forma do mercado criar novos produtos e novas formas de trabalho, criar oportunidades e melhorar a experiência do cliente. Vai surgir tantos modelos de negócios, que a gente nem imagina.” completou Mourão. 

Hoje, para que um pagamento seja efetuado – e o dinheiro saia da conta corrente do comprador e caia ao vendedor – são necessários diversos participantes, como a bandeira do cartão de crédito, a empresa da maquininha e os bancos. Porém, com o PIX o caminho será mais rápido e barato, uma vez que as operações poderão ser feitas instantaneamente, em qualquer horário e dia da semana, sem a intermediação de terceiros. 

O benefício do Pix também será muito efetivo para o controle da inadimplência. As redes varejistas terão muito mais tranquilidade para fazer a cobrança de eventuais atrasos, já que o consumidor terá a opção de realizar o pagamento de forma remota sem a necessidade de ir à loja.

O Pix vai promover a inclusão financeira e preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população. Em linha com a revolução tecnológica em curso, possibilita a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio e a redução do custo social relacionada ao uso de instrumentos baseados em papel.

E como já foi falado, vai ampliar a competitividade, já que as empresas deverão oferecer serviços que correspondam e facilitem a vida das pessoas e lojistas. Como exemplo de inovação, há o recente “bank as a service” (banco como serviço), em que a pessoa cria sua carteira digital, sem precisar de conta corrente, para fazer os pagamentos com a nova tecnologia.


Segundo o balanço do primeiro trimestre de 2020, realizado pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o pagamento por aproximação movimentou R$ 3,9 bilhões no Brasil. Ou seja, as empresas que sairão melhores serão àquelas que acelerarem a sua transformação digital na integração ao novo meio de pagamentos. O Pix chega para potencializar ainda mais esse cenário.

Veja alguns comentários deixados na live:

Obrigatoriedade 

“O PSP não é obrigado a ofertar o serviço, mas se ofertar deverá seguir as normas e padronização do Banco Central.” Reforçou Mourão sobre as dúvidas que surgiram em relaçao os critérios de obrigatoriedade para um PSP ofertar a API de recebimento. 

Já sobre as IFs e IPs, o Banco Central afirma que todas as instituições financeiras e instituições de pagamento com mais de 500 mil contas de clientes ativas, considerando as contas de depósito à vista, as contas de depósito de poupança e as contas de pagamento pré-pagas, serão obrigadas a participar do Pix, ofertando a seus clientes todas as suas funcionalidades de iniciação e de recebimento de pagamentos. 

As demais instituições financeiras e de pagamento, mesmo aquelas que ainda não atingiram os limites para requerer autorização de funcionamento como instituição de pagamento, poderão, de forma facultativa, participar do Pix desde o seu lançamento.

O Banco Central reforça que os participantes do Pix devem ofertar ao usuário final uma experiência simples e intuitiva, segura, com clareza de linguagem, ágil, precisa, transparente, conveniente e com opções para realização das transações fáceis de serem encontradas. 

Especificações preliminares 

“Nós escutamos as dores de todos os lados. Estamos fazendo muitas conversas bilaterais, com o mercado, representantes dos PSPs, representantes de softwares de automação comercial. Atualmente, estamos analisando os feedbacks trazidos do mercado e incorporando as especificações. A nossa expectativa é gerar uma especificação final que esperamos disponibilizar ao longo do mês de setembro. As especificações mais técnicas, voltadas para o público de TI, estão disponíveis no site do Pix e no GitHub do Bacen.” Reforçou Vallerão sobre onde acessar as especificações finais da API. 

FONTE: Febrasban

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